domingo, 5 de julho de 2009

Sobre a identidade nacional

"A identidade nacional pode ser compreendida como uma construção histórica, resultante de um processo que atribui significados e sentidos a uma comunidade imaginada" (GONTIJO, p.55, 2002). A partir desta colocação a autora traz em seu texto o processo de formação de identidade nacional, apontando que o estudo das identidades nacionais devem ser feitos a partir de um momento específico da história. Primeiramente pensou-se a nacionalidade brasileira como um conjunto de três raças: brancos, negros e índios, gerando o momento chamado "inautenticidade nacional" por causa da hibridização dos povos.
Em meados do século XIX é elaborada uma organização nacional, que considera temas como: modernidade, cidadania, mestiçagem, imigração, sanitarismo, educação, leis, línguas e história, na demarcação da identidade nacional própria, distinta da portuguesa. As leituras sobre diversidade ganharam espaços como singularidade brasileira, numa estratégia de construção de identidade nacional, tendo os movimentos modernistas como grandes contribuintes. A década de 1920 é marcada por dois pontos antagônicos. O primeiro é de uma visão positiva à miscigenação construída a partir da ideia de que as diferenças se somam em uma sociedade que não segrega. Já o segundo se apoia em terias eugenistas, onde alguns movimentos propunham uma estratégia de embranquecimento. A parir da década de 1950, a leitura da miscigenação é norteada de democracia racial liderada pelo Estado Novo.

Referência Bibliográfica:

GONTIJO, Rebeca. Identidade nacional e ensino de História: a diversidade como 'patrimônio sociocultural'. In: Martha Abreu; Rachel Soihet. (Orgs.). Ensino de História: conceitos, temáticas, metodologia. Rio de Janeiro: Casa da Palavra,2003, p.53-79.

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